terça-feira, 14 de dezembro de 2010


CHUVA CURA
Chove chuva
Enquanto me molha
Estirada em prantos
Limpa-me e revigore-me
Preciso de ti
Esqueci quem sou
Perdi-me em responsabilidades alheias
E larguei as minhas
Quero reverter o dia
E recalcular os fins
Para que assim
Eu retome a calma
E equilibre a raiva que me domina
Cura-me
Expulsa esses corvos que me abominam
E sugam-me a energia
Escolho você...
Seja eu!
Conheça-me?
E, então, estaremos unidas
Você me banha e eu te aceito.


DEITADA EM PENSAMENTOS

Passo um dia deitada
Sem preocupações ou motivações
Ligada em pensamentos
Pensamentos múltiplos
Importantes ou não
Continuo sem ânimo
Desinteressada
Escuto os sons da casa
Estralos
Marcam o passo de quem não há
Olho a luz
Mas sem vê-la
Vejo tudo e nada
Desfruto sem me satisfazer
A gravidade me mantém assim
Pra baixo
Mas não triste
Curto este momento
Sem ninguém para incomodar
Estou só
Mas quem se importa?
Eu não me importo
Estar consigo
É estar com sua identidade
Exatamente aquela que muitos desconhecem.